domingo, 27 de março de 2011

Renováveis, e elementos raros

Elementos raros é o nome atribuído a 17 elementos que existem no planeta, e alguns deles existem em quantidades “normais” como ouro ou prata, o que faz que sejam designados como elementos raros é a extrema dificuldade de extração (enormes quantidades de energia, poluição toxica e radioativa), pois tem que ser extraídos das sobras do minério e a sua percentagem é mínima, com isto dizer que não há minas de elementos raros propriamente ditas como existe de Ouro ou Prata.

tabela_periodica_elementos_raros

Qual é o problema com os elementos raros? O problema é que eles são raros, e ao mesmo tempo terão um papel importante para preencher a economia de energia limpa (para não mencionar a electrónica de consumo).

Componentes_Energias_Renovaveis

As energias que todos esperamos sejam o futuro da humanidade, requerem quantidades destes elementos, como nunca tinham sido solicitados, para se ter uma ideia na ultima década a procura destes elemento subi-o de 40.000 ton para 120.000 ton e ainda não foi começada a revolução para este tipo de energias, esta subida deveu-se quase unicamente devido a materiais eletrônicos desenvolvidos nas ultimas décadas, para 2014 espera-se que sejam precisos 200.000ton só para começar a construir um futuro com energias renováveis, visto que atualmente este tipo de energias representam pouco do total produzido mundialmente.

Elementos_Raros

Dentro dos elementos raros aqueles que são os mais importante são ao mesmo tempo aqueles que terão maior risco nos próximos anos .

Dysprosium -  Torna os imans dos motores elétricos 90% mais leves

Neodymium – Usado para fabricar os imans de motores elétricos

Terbium – Torna as lâmpadas elétricas 80% mais eficientes

 

China

Tal como o Petróleo, em que o mundo desenvolvido depende quase exclusivamente dos países produtores (em desenvolvimento), no que toca aos elementos raros a situação ainda é mais grave pois todo o mundo está dependente da china pois produz 97% da produção Mundial. E isto acontece quase exclusivamente por interesses econômicos pois sai mais barato a extração destes elementos neste pais, e claro porque a China é a lixeira mundial e a extração destes elementos provocam poluição e libertam radiação em grandes quantidades, eles que façam o trabalho sujo.

Isto é tudo muito bonito mas a China já veio avisar que não poderá abastecer as necessidades mundiais, e que cada país deve assegurar os seu próprios fornecimentos, pois eles vão precisar de cada vez mais, e espera-se que entre 2011 e 2013 a china passe a ser importador, resta saber como o resto do mundo se irá governar com os restantes 3% visto que nada está a ser feito para que outros países comecem a produzir os seus próprios elementos, para desenvolver este tipo de indústria requer 7 a 10 anos, resta rezar só pode.

Preço

Tal como o petróleo ou outra matéria prima quando a procura aumenta o preço dispara , e o pior é quando a procura aumenta e produção não consegue acompanhar a tendência, por tanto aqui está a evolução dos preços do Neodymium, até 2008 e atualmente já acima dos 225$.

Neodymium_Preços

Infelizmente no que toca a renováveis, não é só produzir, vamos sempre bater na mesma tecla os limites do planeta e a escala de utilização dos recursos, para aqueles que acreditam que por exemplo no futuro próximo todos o transportes serão elétricos, só para relembrar existem aproximadamente 800 milhões de automóveis, não depende só da nossa vontade, existem limites de recursos, e a esta escala é difícil manter qualquer solução sustentável.   

Fontes. AmericanSolarEnergySociety/Thethelegraph

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3 comentários:

  1. Pois é... acabamos sempre da forma!!! Já nem escrevo mais sobre isto lá no TEMPO pois não vale a pena... (escrevi aqui e noutras...)

    Pouco interessa as mudanças que fazemos a nível de tecnologias... O certo é que se não alterarmos a fonte do problema - o número de animais humanos - não há solução possível.

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  2. O nosso numero é um problema, o desperdício energético e de recursos para fins económicos acho que ainda é maior problema.
    As 2 coisas juntas é explosivo, agora com a entrada em acção dos países emergentes, que infelizmente para eles entraram já no fim da Festa.

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  3. Acho que continua a fazer o caminhe que é necessário percorrer: o da denúncia (e alerta) para o que está a acontecer.
    (Vou guardar este post no meu pipe-line de militante activo... e levarei em conta o dizer do "voz a O db" quando dele fizer uso)

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