Por momentos esqueçamos o pico do petróleo, é que existem pelo menos 2 derivados deste, que como o primeiro, já passaram e vão criar na sociedade ainda mais dificuldades na transição para outro modelo primeiramente energético e por consequência econômico e social.
Elementos raros é o nome atribuído a 17 elementos que existem no planeta, e alguns deles existem em quantidades “normais” como ouro ou prata, o que faz que sejam designados como elementos raros é a extrema dificuldade de extração (enormes quantidades de energia, poluição toxica e radioativa), pois tem que ser extraídos das sobras do minério e a sua percentagem é mínima, com isto dizer que não há minas de elementos raros propriamente ditas como existe de Ouro ou Prata.
Qual é o problema com os elementos raros? O problema é que eles são raros, e ao mesmo tempo terão um papel importante para preencher a economia de energia limpa (para não mencionar a electrónica de consumo).
Nas ultimas semanas a comunicação social, já se desinteressou da temática do terramoto e posterior tsunami e o mais grave ainda da crise nuclear no Japão, lá de vez enquando aparece umas noticias de fundo de pagina que curiosamente são sempre boas, não há más noticias em relação à central nuclear de Fukushima, parece que aquilo já está tudo controlado, já há eletricidade nos reatores e pronto não é preciso dizer mais nada, está tudo ok, pior já passou.
Aqui vai um resumo das noticias menos boas, que não interessam nada sobre a crise nuclear no Japão.
Como toda gente sabe ontem os Portugueses manifestaram-se contra a situação econômica, desemprego etc, conseguindo atingir números na manifestação de 300mil pessoas ao longo do País.
Eu desde o inicio da formação do grupo da “geração á rasca” tenho-me perguntando se realmente somos uma geração á rasca, ou será que somos uma geração iludida por o tal sistema econômico do paradigma do crescimento infinito em que fomos criados, pensando que teríamos uma vida muito mais estável e facilitada que os nosso pais e avós? E agora estamos a começar a ficar assustados porque estamos a ver que isso não irá a acontecer e sentimo-nos enganados, o que é normal.
Sentimo-nos enganados, mas não nos podemos continuar a enganar a nós próprios, e porque?
Na Psicologia Elisabeth Kubler-Ross’s (Psicóloga), criou o modelo das 5 etapas da aceitação da morte, a comunidade do pico do petróleo adaptou este modelo á situação do pico petrolífero, de como a sociedade e cada individuo irá olhar para o fenômeno. A mim foi me dado a conhecer no Documentário Collapse de Mike C. Ruppert, que desde já recomendo, o link tem legendas em espanhol.
Bem só resta saber como a nossa sociedade está, vejamos então o que a nossa sociedade pensa do Pico do Petróleo.
Políticos- Já sabemos que ninguém gosta do mensageiro de más noticias, tocar no assunto significa =suicídio Politico.“A crise é passageira”
Companhias de Petróleo- “Não se preocupem, ainda há muito petróleo, só a Venezuela e o Canada tem petróleo para 200 anos”
Consumidores- “Epá, isso é conversa deles, para pagarmos mais por o gasóleo, mas também se for verdade compro um carro elétrico, ou a hidrogênio”
Economistas- “Os melhores anos ainda estão a vir toca a consumir comprar, comprar, comprar , para a economia crescer”
Banqueiros- Pico o que? Nós ganhamos de todas a maneiras, o que isso interessa?
Mídia- Quem controla os Mídia? Ahaaa , pois
Bem deixo a cada um avaliar, em que etapa se encontra a nossa sociedade, no processo da Recessão.
Cabe a cada um passar por as etapa, e preparar-se psicologicamente no mínimo, citando Mike C. Ruppert “ Se o nosso grupo de Escuteiros é atacado por um Urso, para nos podermos salvar não precisamos de correr mais que o Urso, só precisamos de correr mais que o Escuteiro mais lento” é triste mas é verdade…..
Como se sabe um dos motivos que levou à revolta no Egito foi a produção de petróleo do país, Egito nos últimos 40 anos foi um exportador de petróleo e isso foi “mascarando” as diferenças sociais, apesar da má distribuição de riqueza, deu sempre para dar umas migalhas ao povo, até agora.
Vendo o gráfico, o Egito atingiu o pico de produção na década de 90, sendo que a produção a partir dai sempre desceu até aos dias de hoje. Analisando as exportações, à 15 anos atrás o Egito exportava 500mil barris/dia, a partir de agora vai ser importador devido ao decréscimo de produção(natural) e ao aumento exponencial do consumo(económico).
Esta afirmação já foi proferida por alguns analistas, que estudam a tema do pico do petróleo, mas desta vez não foi nenhum analista ou estudioso, que disse, foi a Agencia Internacional de Energia(IEA), a mesma instituição que á pouco tempo alertou que o pico de produção de petróleo convencional já tinha ocorrido em 2006.
